Cama Compartilhada: Recomendações para Famílias que Optam por Essa Prática

A cama compartilhada, também conhecida como co-sleeping, é uma prática em que os pais e os filhos dormem no mesmo espaço durante a noite. Logo, essa é uma decisão pessoal e culturalmente influenciada, que gera debates acalorados entre especialistas e pais. Portanto, neste artigo, abordaremos os prós e contras da cama compartilhada, bem como algumas recomendações importantes para famílias que optam por essa prática.

Prós da Cama Compartilhada:

  1. Vínculo Afetivo Fortalecido: A cama compartilhada pode fortalecer o vínculo emocional entre os pais e a criança. Pois, o contato físico próximo durante o sono pode transmitir uma sensação de segurança e conforto para o bebê, promovendo um apego seguro.
  2. Facilita a Amamentação: Para mães que amamentam, pode ser conveniente e favorecer a amamentação noturna, uma vez que a mãe tem acesso fácil ao bebê sem a necessidade de se levantar e ir para outro ambiente.
  3. Melhora o Sono da Criança: Alguns bebês podem ter um sono mais tranquilo e prolongado quando estão próximos aos pais, sentindo-se acolhidos e protegidos.
  4. Prática Cultural: Em muitas culturas, o co-sleeping é uma prática comum e socialmente aceita, transmitida de geração em geração como uma forma de fortalecer os laços familiares.

Contras da Cama Compartilhada:

  1. Risco de Asfixia e Sufocamento: A cama compartilhada pode aumentar o risco de acidentes, especialmente quando o bebê é muito pequeno e ainda não tem controle total de seus movimentos. Dessa forma, travesseiros, cobertores e a presença dos pais podem ser fatores de risco para asfixia e sufocamento.
  2. Interrupção do Sono dos Pais: Nem todos os pais conseguem dormir bem na mesma cama que o bebê, especialmente se o bebê tiver um sono agitado ou acordar frequentemente durante a noite.
  3. Dificuldade na Transição para a Cama Própria: Para algumas crianças, a transição para a cama própria pode ser difícil e levar a problemas de sono no futuro.
  1. Limitação da Vida Conjugal: A presença constante da criança na cama dos pais pode diminuir a intimidade do casal, afetando a vida conjugal.

Recomendações para Famílias que Optam pela Cama Compartilhada:

  1. Crie um Ambiente Seguro: Certifique-se de que o espaço onde o bebê dorme é seguro, sem travesseiros, cobertores soltos ou objetos que possam causar sufocamento.
  2. Conheça as Orientações de Saúde: Famílias que optam pela cama compartilhada devem estar cientes das diretrizes de segurança para minimizar os riscos.
  3. Considere as Necessidades Individuais: Cada família é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Respeite as necessidades e preferências de todos os membros da família.
  4. Estabeleça Limites: Se você decidir praticar a cama compartilhada, estabeleça limites claros para o espaço e tempo compartilhados, garantindo que todos os membros da família tenham um sono adequado.

O que pensa a sociedade brasileira de pediatria sobre esse tema

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) desencoraja a prática da cama compartilhada entre pais e bebês. Pois, segundo as diretrizes da SBP, a cama compartilhada pode aumentar os riscos de sufocamento, asfixia e outros acidentes, representando potenciais danos à saúde dos bebês.

Por outro lado, a SBP recomenda que os bebês durmam no mesmo quarto que os pais, em um berço próprio, durante os primeiros seis meses de vida.

Conclusão:

A cama compartilhada é uma decisão pessoal e envolve considerações individuais e culturais. Há prós e contras a serem avaliados. Se optarem por essa prática, os pais devem estar cientes dos riscos e tomar medidas para garantir um ambiente seguro para o bebê. Compreender as necessidades individuais de cada membro da família é essencial. Pois é preciso respeitar suas preferências para tomar a decisão mais adequada para o bem-estar de todos.

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